“Temos uma história que nos enche de orgulho e nos inspira a continuar crescendo mesmo diante de tantos desafios” afirma Valter Vanzella em referência aos 22 anos na Frimesa. Em 22 de fevereiro, além de reconduzir Vanzella ao cargo diretor presidente, a Assembleia aprovou relatório anual 2018 e elegeu o conselho de administração e fiscal.
Participaram do evento os delegados das Cooperativas Filiadas bem como o deputado estadual, Marcel Micheletto (PR) e o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – Ocepar, José Roberto Ricken.
Em um ano considerado difícil, a Frimesa faturou R$ 2,925 bilhões, 3,3% a mais do ano anterior. Em 2018 os volumes de produção, atingiram a casa dos 3,6%, um salto de 365,6 para 379 toneladas/ano. Afetado pelo consumo baixo e queda de preços, as sobras chegaram a R$ 28 milhões, um recuo de quase 54%. “O mais importante é que sustentamos toda a cadeia mantendo a produção em dia dos nossos produtores”, complementa Vanzella. A produção da Frimesa vem das cinco cooperativas filiadas – Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato – que somam 2.524 produtores de leite e 1.026 suinocultores.
RESULTADOS
Alguns fatores influenciaram diretamente os resultados da Frimesa principalmente no setor de carne com o desdobramento das operações “Carne Fraca” e “Trapaça” ao fechamento do mercado Russo, além do aumento nos custos. Outro ponto foi a crise dos transportes que produziu dias de agonia com as fábricas paralisadas por quase uma semana prejudicando a produção e as vendas gerando prejuízos à empresa. “2018 foi difícil, mas mesmo assim, conseguimos apresentar bons resultados para todos da cadeia produtiva, geramos bastante emprego, conseguimos buscar novas alternativas de mercado, principalmente na inovação de produtos. Tivemos 10% do faturamento dos últimos dois anos gerados pelos novos produtos e melhorias nos processos industriais que gerou economia”, avalia o diretor executivo, Elias Zydek.
Agora para 2019, o planejamento estratégico da Frimesa prevê um crescimento de 20% nos volumes de produção e 18% no faturamento, chegando R$ 3,47 bilhões, com sobras na ordem de 2,39%.
A Frimesa gerou 1.232 novas vagas, fechando 2018 com 8472 colaboradores contratados. Para o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, as cooperativas se tornaram modelo de gestão no Paraná e possuem uma grande importância para a economia, pois geram impostos, emprego, renda e faz com que aconteça o desenvolvimento de todos. “Estamos lutando junto com as cooperativas para que os órgãos públicos e demais envolvidos possam melhorar os serviços na área da agricultura em demandas como a o Paraná livre da aftosa, prestígio ao BRDE para termos acesso a financiamentos a longo prazo, investimentos no Porto de Paranaguá, manutenção e ampliação da rede de energia elétrica, infraestrutura das rodovias, ferrovias, plano agrícola e agilidade na liberação dos licenciamentos”, explica.
ELEIÇÃO
O destaque da Assembleia foi a eleição do Conselho de Administração e Fiscal. No caso do Conselho de Administração para 2019, formado pelos presidentes das Cooperativas filiadas, ficou no Conselho Efetivo: Ricardo Silvio Chapla (Copagril), Irineo da Costa Rodrigues (Lar), Valter Pitol (Copacol), Alfredo Lang (C.Vale), Ilmo Werle Welter (Primato). Conselho Vogal: Valter Vanzella (Copagril), Urbano Inácio Frey (Lar), Silvério Constantino (Copacol), Walter Andrei Dal’Boit (C.Vale) e Moacir Jovino Scuziatto (Primato).
Para a função de conselheiros ficais para exercício de 2019 a AGO elegeu Pedro Avancini (Copacol), Adriano José Finger (LAR), Cezar Luiz Dondoni (Primato), Cezar Luiz Petri (Copagril), Antônio de Freitas (C.Vale) e Elton Alceu Endler (Primato).
APROVAÇÃO
Os números do balanço da Frimesa foram aprovados por unanimidade. Os delegados observaram que mesmo diante das dificuldades enfrentadas em 2018, toda a cadeia de valor foi mantida com preços pagos aos produtores acima do mercado, e além, de pagar todos os impostos, ainda teve sobras para dividir entre as cooperativas filiadas.
Em 2018, recebeu 2.227.006 cabeças de suínos, 5,3% a mais comparando com 2017 quando recebeu 2.115.567. O volume movimentou a indústria com uma produção de 262.568 toneladas de alimentos. Com a missão de fomentar a cadeia produtiva de suínos, a Frimesa tem cumprido o dever de casa sustentando o custo do suíno vivo, em média, R$ 0,34 a mais que o mercado. Enquanto o mercado pagou R$ 3,05, a Central repassou à cadeia R$ 3,40. Levando em conta as quase 270 toneladas produzidas no ano, a sustentação na cadeia chega a quase R$ 92 milhões.
Na área de leite, conseguiu manter os preços pagos pela matéria-prima acima do mercado, chegando à média ano de R$ 1,39 enquanto a média Conseleite chegou a R$ 1,16, quase 19% a mais. Na prática, as indústrias de lácteos operaram com um volume médio de 610.422 mil litros de leite/dia, totalizando 222.804.143 litros ao ano, alcançando um valor aproximado de R$ 843 milhões em faturamento.
Créditos e Fotos: Assessoria Frimesa