A Primato é a primeira cooperativa a assinar um contrato para Agroindústria no valor de R$ 15 milhões junto à Caixa Econômica Federal. A assinatura aconteceu na manhã desta sexta-feira (7), por Anderson Léo Sabadin, diretor presidente da cooperativa, e Marcelo Camargo, da Superintendência Executiva Agronegócio da Caixa, acompanhado de Paulo Sérgio da Silva Santos, superintendente de Rede Corporativo Agronegócio, e Joel Paris, gerente de Clientes e Negócios.
“A Caixa escolheu a Primato pela representatividade que temos junto aos produtores menores”, destaca o gerente de Gestão e Gestão da Primato, Carlos Hech. Ele lembra que 79% dos cooperados da Primato são pequenos produtores de leite, suínos, aves e peixes, “daí esta cédula do Pronaf ser assinada em Toledo”, completa Carlos Hech.
Além da assinatura do contrato, a comitiva da Caixa ainda realizou uma visita técnica à fábrica de ração da cooperativa. Também houve uma conversa sobre mercado, recursos, linhas, plano safra e oportunidades de negócios, entre outros assuntos de interesse mútuo.
“A Primato desempenha um papel fundamental na promoção do desenvolvimento econômico e social da região”, comenta Marcelo Camargo. Ele ressalta que a primeira operação de Pronaf Agroindústria deste ano beneficia cooperativas constituídas em sua maioria por agricultores familiares vinculados ao Pronaf, “como é o caso da Primato”, acrescenta o gesdtor da Caixa
O superintendente Paulo Sérgio acrescenta que o propósito de ser uma instituição financeira publica, que fomenta a inclusão e o desenvolvimento sustentável, transformando a vida das pessoas, “é o que reforça o compromisso e a visão estratégica da Caixa e da Primato em impulsionar o desenvolvimento econômico, em especial a dos cooperados vinculados à agricultura familiar, gerando valor nos relacionamentos”.
FORÇA DO AGRO
Para o presidente Anderson Sabadin, o anúncio do novo Plano Safra, com o incremento no volume de recursos, é importante. Ele destaca a redução de juros em algumas linhas é “fundamental por auxiliar o setor produtivo num momento de custo de dinheiro muito caro”, analisa o presidente da Primato ao lembrar que a taxa de juros ainda está muito alta e a perspectiva é de uma redução da taxa Selic apenas a partir de agosto, mas de maneira muito tímida. “Nosso custo de dinheiro é muito alto quando comparado a outros países que subsidiam também o agro”, destaca ele, reforçando que, “apesar disso, o agronegócio brasileiro é sustentável e isso nos dá força para olhar
à frente e transformar o país”. Anderson Sabadin lembra ainda que a previsão para 2023/2024 é que 25,4% do PIB brasileiro venha através do setor. “Para a balança comercial o agro é fundamental e o cooperativismo paranaense também pela relevância que tem”, finaliza.
O QUE É
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é uma iniciativa do Governo Federal que dá subsídios aos produtores familiares de financiamento para custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, visando à geração de renda e à melhora do uso da mão de obra familiar.
De acordo com dados do Sistema Ocepar, 15 das 62 cooperativas agropecuárias paranaenses têm acesso ao Pronaf como pessoa jurídica, além de mais de 60% de seus cooperados estarem aptos a receber essa linha de crédito.
AUMENTO DE CRÉDITO
O Plano Safra 2023/24 da agricultura familiar entrou em vigor no dia 1º de julho. O Pronaf contará com R$ 71,6 bilhões de crédito rural no total, 34% mais que no período anterior. Outros R$ 6,1 bilhões vão sustentar ações como compras públicas, assistência técnica e extensão rural.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, os produtores que investirem em alimentos básicos como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite e ovos, entre outros, terão redução de 5% para 4% nas taxas de juros para os recursos que contratarem.
Como no caso do Plano Safra da agricultura empresarial, os agricultores familiares que optarem por práticas sustentáveis, orgânicos, produtos da sociobioversidade, bioeconomia ou agroecologia também terão desconto nos juros – neste caso, pagarão 3% ao ano nas linhas de custeio e 4% nas de investimento.
No âmbito do microcrédito produtivo destinado a agricultores familiares de baixa renda (Pronaf B), o enquadramento da renda familiar será elevado de R4 23 mil para R$ 40 mil por ano, e o limite de crédito crescerá de R$ 6 mil para R$ 10 mil. Também o fomento produtivo rural, recurso não reembolsável voltado a agricultores em situação de pobreza, será elevado de R$ 2,4 mil para R$ 4,6 mil.