Primato lança campanha da aftosa

Segunda e última fase da campanha em 2017 faz parte do Paraná livre da doença via vacina.

O Paraná se destaca na pecuária por contar com um plantel de aproximadamente 10 milhões de bovinos e búfalos, em cerca de 185 mil propriedades (exploração pecuária), segundo os dados da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. O Estado é considerado uma Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Encontram-se nesta mesma condição sanitária outros 23 Estados e o Distrito Federal.

“Extremamente importante a questão da vacinação contra a febre aftosa, principalmente em um estado como o Paraná, tão representativo dentro da pecuária, assim como a área de atuação da Primato, que conta com 224 propriedades integradas, com produção de 2 milhões e 300 mil litros de leite por mês”, explicou o veterinário e coordenador técnico de pesquisa e desenvolvimento, Vicente Matsuo.

FEBRE AFTOSA

Causada por vírus, é uma doença infecciosa aguda e uma das mais contagiosas que atingem a pecuária, principalmente bovinos e búfalos. Causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), na boca e nos cascos, dificultando a movimentação e alimentação dos animais, acarretando elevada e rápida perda de peso e queda na produção de leite, trazendo grandes prejuízos na exploração pecuária.

“O vírus está presente no epitélio e fluido das vesículas, assim como no sangue, saliva, leite, urina e nas fezes dos animais afetados”, explicou Vicente que complementou, “qualquer objeto contaminado com uma dessas fontes de infecção torna-se perigosa fonte de transmissão da doença de um rebanho a outro, contraindo o vírus por contato direto, pela movimentação de animais, veículos e pessoas que lidaram com os animais doentes, através das mãos, roupas e calçados”.

Devido ao alto poder de difusão do vírus e os impactos econômicos provocados pela doença, os países livres de febre aftosa estabelecem fortes barreiras à entrada de animais susceptíveis e produtos oriundos de regiões da doença. “Basta apenas um foco da doença, uma propriedade atingida, para haver restrição ao mercado internacional e mesmo nacional, trazendo barreiras e efeitos negativos sobre a pecuária e economia do país”, alertou Vicente.

COMBATE

A vacinação tem papel fundamental na prevenção e erradicação da febre aftosa, pois é a forma mais eficiente, prática e barata para prevenção. “A cada seis meses, é feito a campanha da febre aftosa no país, sendo a etapa que acontece em maio a vacinação é feita para os bovinos e búfalos com até 24 meses de idade.

Na etapa de novembro, todos os bovinos e búfalos existentes na propriedade devem ser vacinados, inclusive os bezerros com poucos dias de vida”, explicou o coordenador técnico que fez um alerta, “vale ressaltar aos nossos cooperados e demais produtores, venham até as lojas agropecuárias e recebam todas as informações sobre as vacinas, mas principalmente, sobre coleta das informações, emissão de notas fiscais, pois até 30 de novembro, os produtores precisam apresentar os comprovantes nas unidades da ADAPAR para atualização dos animais de cada propriedade”.

Vicente ressaltou que a obrigatoriedade da aquisição, aplicação e comprovação da vacina da febre aftosa é dos proprietários dos animais. “São obrigatórias, previstas em legislação estadual e a não conformidade implica em multa de 10 UPF (Unidade Padrão Fiscal do Paraná), cujo o valor em maio deste ano estava em R$ 96,17, variando a cada mês, podendo ser maior para rebanhos com mais de 10 cabeças, além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade”.

CAMPANHA

A Primato Cooperativa Agroindustrial, através das Lojas Agropecuárias iniciaram a Campanha da Febre Aftosa em todas as unidades e regiões de atuação. São condições especiais para os cooperados que têm de 01 à 30 de novembro para receber todas as informações necessárias, vacinas e acompanhamentos para regularização das propriedades.

“É importante aos cooperados que quando forem às lojas agropecuárias para adquirirem as vacinas, tragam anotado o plantel que tem disponível em sua propriedade, pois é mediante essas informações que será preenchido o cadastro das mesmas”, enalteceu Vicente que complementou, “essas informações são fundamentais para os produtores, pois é com base nelas que será feito o cadastro na ADAPAR, se porventura o produtor comercializar ou ainda for participar de feiras mais adiante, estará condizente no guia do transporte animal, evitando problemas futuros”.

 

 

 

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