Com o objetivo de apresentar o processo digital que vem sendo aplicado na agricultura nacional e internacional, assim como este movimento interfere na produção de alimentos, que aconteceu na última quinta-feira (25) no auditório da PUCPR campus Toledo, a palestra “Agricultura digital e a produção de alimentos no futuro”, ministrada pela palestrante Mariana Vasconcellos, CEO da Agrosmart, uma plataforma de agricultura digital fundada em 2014 e que vem crescendo exponencialmente na américa latina e outros países.
EVENTO
O evento foi uma realização do Conselho de Jovens Empreendedores de Toledo, o COJEM, que faz parte da Associação Comercial e Empresarial de Toledo, ACIT e PUCPR, com o patrocínio da Primato Cooperativa Agroindustrial, apoio do Sebrae PR e Uniprime.
Centenas de pessoas estiverem presentes, entre elas agricultores, estudantes de agronomia, profissionais e representantes das empresas realizadoras do evento.
AGRICULTURA
Na abertura do evento a consultora do Sebrae PR, Débora Steiner Dias que deu as boas vindas aos participantes. Em seguida a palestrante Mariana Vasconcellos fez a sua apresentação e contou um pouco da sua trajetória. “Sou filha de agricultores que percebeu como o pai estava, cada vez mais, com dificuldades de conseguir os resultados no campo como foi em outros tempos. Ali percebi que era necessário termos informações mais precisas, para que houvesse, de fato, melhores resultados”.
Segundo a palestrante, as mudanças na cadeia produtiva trazem a necessidade de implementar novas tecnologias no campo. “Seja por questões climáticas, pela forma que é feito o desenvolvimento do campo, pelas questões de tipos de solos, a informação é a chave para se obter os melhores resultados”, explicou a palestrante.
INFORMAÇÃO
“O que temos até então de dados sobre o campo ainda é feito de forma muito precária, afinal, para se medir chuvas por exemplo, é feito pelo agricultor de forma manual e diária. Difícil ser totalmente assertiva, porque nos dias de hoje o que chove em uma localidade ou na cidade, não é a mesma medida do que ocorre em todas as demais áreas, logo, os dados não são precisos, mas sim, balizadores”, enfatizou Mariana.
Com esse panorama ela iniciou a start up Agrosmart, que inicialmente fazia as medidas de umidade através de sensores. “Mas o grande desafio foi a conectividade, afinal, temos internet nas cidades ou até mesmo na sede da propriedade, mas no campo, ainda é muito precário. Mas através do desenvolvimento do trabalho, criamos os sistema que depois, seria utilizado para um mapeamento de maior escala das propriedades rurais”.
ALIMENTOS
Segundo Mariana, a tecnologia é a grande aliada para que a agricultura possa produzir alimentos para o futuro. “Devido a nova geração de consumidores, que são exigentes e querem saber a procedência do alimento, o rastreamento é muito maior do que saber de onde veio o grão e para onde ele vai. Se trata de saber quais as empresas, marcas estão participando da cadeia, como elas produzem e se elas se identificam com esse processo”. Para a palestrante, essa é uma mudança de comportamento que faz com que, “todos os envolvidos estão hoje em busca de melhorias para que haja aceitação do mercado, afinal, o consumidor exige isso e quem não se adaptar, em cinco anos ou mais, corre o risco de estar fora do mercado por esta opção”.
PRIMATO
“Sem dúvidas agregou muito as informações trazidas pela palestrante e o motivo pela qual fomos patrocinadores é porque a Primato busca produzir alimentos com estas tendências que o mercado está demandando. Nossa parte agrícola é relativamente nova, porém, vem de encontro com estes anseios e por isso, estamos em conformidade e apostando que o cenário apresentado seja confirmado, pois nossos cooperados e clientes buscam exatamente isso”, enalteceu o encarregado de marketing e comunicação da Primato, Thiago Renner que concluiu, “parabenizamos o Cojem e todos os envolvidos e ficamos felizes por ter a casa cheia neste evento”.