Ciclo de Palestras da CBN Agro em Toledo foi sediado na Primato

A Rádio CBN, com o apoio do SENAR-PR, vem realizando um ciclo de palestras com o consultor Marcos Fava Neves, com a abordagem de cenários e tendências do agro e suas perspectivas para 2018. Com o tema “O agro na busca de um trilhão de dólares”, o evento está sendo realizado em oito cidades do Paraná, sendo as que já tiveram o evento: Cascavel (04/04), Umuarama (05/04), Toledo (06/04), Guarapuava (09/04), Campo Mourão (10/04), Londrina (11/04) e ainda haverá palestras em Carambeí (27/04) e Maringá (07/05).

TOLEDO
Esta é a 3ª edição do CBN Agro e em Toledo foi promovida na Associação da Primato Cooperativa Agroindustrial, localizada no complexo administrativo e industrial na BR 163. Mais de 250 participantes prestigiaram a palestra de Marcos Fava Neves, que é professor titular da FEA/USP em Ribeirão Preto, engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, mestre em Administração (Estratégias de Arrendamento Industrial na Citricultura), doutor em Administração (Planejamento de Canais de Distribuição de Alimentos, FEA/USP), livre-docente em Planejamento e Gestão Estratégica Dirigidos pela Demanda (2004). É também pós-graduado em Agribusiness & Marketing de Alimentos na França e em Canais (Networks) de Distribuição de Alimentos na Holanda e autor e organizador de 55 livros publicados no Brasil, Argentina, Estados Unidos, África do Sul, Uruguai, Inglaterra, Cingapura, Holanda e China. É ainda articulista do jornal China Daily.

FUTURO
Durante a palestra, Marcos apresentou dados que projetam a próxima década (2018 a 2028) com dados de commodities, mercado internacional, importação e exportação e como elas interferem na vida dos produtores e profissionais do agronegócio. “Posso dizer que as projeções para o agronegócio são muito positivas, pois ainda há muito que crescer em termos de demanda de produção, exportação, mercados internacionais e como tudo isso interfere na vida de vocês aqui em Toledo”, explicou Marcos.

ECONOMIA
“Meu otimismo vem, principalmente, porque a economia conseguiu se desvincular da política, pelo menos o suficiente para o entendimento que, mesmo com a instabilidade no campo político e incertezas em relação às eleições de outubro deste ano, estamos seguindo a nossa vida. Produzimos, industrializamos, exportamos, enfim, vida que segue. Creio que esse movimento tende a ser cada vez maior. Será preciso sim fazermos ajustes na economia do país, mas o mundo não acabou e não irá acabar, como foi previsto quando a crise política se estabeleceu”, avaliou o palestrante.

LUCRATIVIDADE
Um dos principais tópicos da palestra foi sobre como o agro poderá chegar a 1 trilhão de dólares na próxima década. “Sempre faço a seguinte pergunta. Vocês acreditam que os preços devam subir nos próximos 10 anos? E a resposta é não. Vão sofrer os reajustes de inflação como atualmente, mas não haverá espaço para aumento de preços. O que será preciso ser feito passa pela otimização e o compartilhamento de atividades nos processos de produção, em busca de aumentarmos as margens de lucro”, enalteceu Marcos que complementou, “somente através destas margens, que tem sim potencial de aumento, seremos capazes de atingir o 1 trilhão de dólares”.

TECNOLOGIA
Segundo o palestrante, a tecnologia é a principal aliada na busca do objetivo, assim como no desenvolvimento de agricultura cada vez mais competitiva. “Para que possamos atender os mercados emergentes, que vão cada vez mais demandar os commodities brasileiros, será preciso a implementação e manejo de novas tecnologias, tanto na otimização dos processos, dando mais agilidade e maior margem de renda, como no uso de sementes que podem se adaptar às variações climáticas”, explanou Marcos que concluiu, “por isso, a tecnologia está cada vez mais aplicada em sementes, que vão poder estar mais adaptadas ao clima mais quente, ou as geadas, às pragas e outros fatores que são adversidades que ainda interferem, positiva ou negativamente, em nossa produção. Essa tecnologia também fará com que possamos utilizar de forma assertiva o uso de defensivos, diminuindo o custo, o impacto no solo e na natureza e aumentando a margem de lucro”.

 

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