Muitos dos colonizadores que desbravaram o Paraná, em especial o oeste do Estado, vieram em caravanas do Rio Grande do Sul em busca de novas oportunidades nesta que era uma nova e promissora terra para o cultivo da agricultura e pecuária. Os caminhos eram sinuosos e muito precários, por isso essas jornadas duravam até 20 dias para acontecer, dependendo das condições climáticas e dos meios de transporte utilizados. São histórias de perseverança e esperança ao mesmo tempo, contadas por quem ainda lembra como se fosse hoje essa aventura. Aqui eles abriram caminhos, formaram propriedades, estruturas e novas cidades, para que suas famílias tivessem condições de trabalharem juntos e com isso ver horizontes melhores no futuro.
NOVA SANTA ROSA
Essa é uma das histórias contadas pela família Wendpap, através do patriarca Rudy Henrique Wendpap, que está na terceira geração administrando a propriedade rural e produzindo alimentos em Nova Santa Rosa (PR). “É o que sabemos fazer, temos o dom de produzir o alimento e a graça de termos essa propriedade, que teve meu pai quem iniciou as atividades, para continuar na lida”, enalteceu o cooperado Milton Dionisio Wendpap. A propriedade da família conta com 20 alqueires, que está em partilha com os irmãos, mas que ainda é gerida pela família de Milton. Dividida entre agricultura e pecuária de leite, na parte de pecuária são 70 animais em lactação que produzem uma média de 1450 litros de leite ao dia. A família trabalha em sucessão, sendo que o filho Rafael Wendpap é quem está ajudando a gerenciar a propriedade. “Para nós é um prazer saber que haverá mais uma sucessão na família, estamos ficando mais velhos e cansados e precisamos de ajuda, se não fosse ele talvez não iriamos suportar. Ele está empolgado com a possibilidade de assumir a gestão de nossa propriedade”, explicou Milton que complementou, “mesmo com um ano atípico como este, com valores abaixo do que a expectativa e às vezes trabalhando no vermelho, causa um certo desânimo em todos nós, mas sempre digo ao meu filho, isso já ocorreu e vai passar, precisamos ser fortes e perseverantes”.
RAÇÕES PRIMATO
O cooperado contou que utiliza as rações da Primato, assim como as pastagens e milho que vem da colheita da safrinha. “Utilizamos as rações da Primato como complemento este ano, devido ao preço baixo do milho, optamos em não vender e usar na produção leiteira. Mas posso classificar as rações como muito boas, caso ao contrário não usaríamos, afinal, é uma boa parte do investimento nos animais”, explicou Milton que complementou, “apesar das vacas não falarem, notamos que elas respondem na produção do leite e na sanidade, por isso optamos e continuamos utilizando as rações da cooperativa”.
COOPERATIVA
Sobre a relação com a cooperativa, Milton expressou que é outro ponto importante que mantém a produção constante. “É outro ponto importante, se não fosse a Primato aqui em Nova Santa Rosa e nossa relação comercial, ficaria difícil permanecer na propriedade. Fazer parte da cooperativa ajuda e muito em negociações e também, através da Frimesa, na entrega do leite”. Por sua vez, Inês Ivone Wendpap explicou qual a sensação de pertencer à cooperativa. “Graças a participação da Primato, com palestras e assistência técnica, fomos incentivados a manter um filho na propriedade para que haja a sucessão, pois antes todos queriam ir à cidade, e este movimento via cooperativa está trazendo novamente a ir estudar e retornar para o sítio”, disse Ivone que fez questão de enaltecer a relação com a Primato, “como uma das fundadoras da cooperativa, em 2010 fui escolhida a melhor produtora de leite da região de Nova Santa Rosa, motivo de muito orgulho, por isso que digo, tem que existir a relação da cooperativa com a propriedade rural”. O sucessor da família Wendpap, Rafael também fez questão de expressar a parceria com a Primato. “É um desafio constante, principalmente em anos como esse, mas encontramos na cooperativa uma parceria que viabiliza e nos faz continuar trabalhando”.