Parceria entre Primato e MWM Tupy do Brasil é oficializada

Em comunicado ao mercado, a Tupy S.A. informou aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em conjunto com a subsidiária MWM Tupy do Brasil, firmou parceria com a Primato Cooperativa Agroindustrial para a produção de combustível renovável e energia limpa. De acordo com o comunicado, trata-se do primeiro contrato da Tupy no setor de Energia & Descarbonização após a aquisição da MWM.

Em julho do ano passado, representantes da MWM se reuniram com a diretoria da Primato com o objetivo de estreitar relações para uma parceria na elaboração de novos projetos na linha de biogás, geração de energia e biometano para a frota da Primato, além de biofertilizantes. Na época foram visitadas propriedades com bovinocultura de leite e suínos, como granjas de terminação e granjas de matrizes, onde foi possível demonstrar toda capacidade e potencial da região onde estamos inseridos, no Oeste do Paraná, assim como no Sudoeste, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina no quesito de geração de biogás.

Ainda segundo o comunicado da Tupy, o acordo também prevê que a MWM faça a transformação da atual frota de motores a diesel para gás dos caminhões da Primato. Isso porque os dejetos, que serão transformados em combustível renovável, poderão ser aplicados, tanto para movimentação dos caminhões, quanto para subsidiar o consumo de energia elétrica dos cooperados.

“O início da conversão da frota de caminhões deverá ser iniciada ainda neste mês de março”, acredita o presidente da Primato Cooperativa Agroindustrial, Anderson Léo Sabadin.

De acordo com a Tupy e a Primato, o investimento inicial será de R$ 9 milhões nesta primeira etapa, atingindo 13 propriedades rurais que serão atendidas por uma usina de biogás a ser instalada na granja da Primato em Ouro Verde do Oeste.

PENSANDO O FUTURO

O presidente da Primato aproveitou sua ida a São Paulo esta semana, onde foi paraninfo da turma do programa socio-educacional chamado Formare, desenvolvido pela MWM desde 2007, em parceria com a Fundação Iochpe, para se encontrar com os diretores da Tupy e da MWM, “que são empresas com propósitos semelhantes aos da Primato: de produzir energia e combustível limpo”, comentou Sabadin.

Ele completou lembrando que esse processo será fundamental para o cooperado, “gerando eficiência e ganho operacional, além da redução de despesa dentro da propriedade”, disse o presidente da Primato, que citou também a questão da sustentabilidade dentro do propósito de ESG que se discute atualmente.

“Por meio dessa parceria com a Primato, será possível desenvolvermos uma solução completa para o aproveitamento dos resíduos oriundos do processo de produção na fazenda, de modo que, tanto o pequeno quanto o grande produtor rural consigam neutralizar a emissão de Gases de Efeito Estufa [GEE] gerada pelas suas atividades, obtendo, ao mesmo tempo, redução de custo operacional e aumento de produtividade”, revela Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.

Segundo José Eduardo Luzzi, CEO da MWM, a cadeia produtiva do biogás começará com a coleta dos rejeitos orgânicos nas propriedades rurais. “Após serem transportados para o ambiente da usina, serão tratados e, com o auxílio dos biodigestores e do sistema de filtragem e monitoramento, transformados em energia limpa e de alta qualidade para alimentar os geradores movidos a biometano produzidos pela MWM”.

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