Liderança e Gestão no Agronegócio foi o destaque do ciclo CBN Agro

A presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo foi a convidada da terceira palestra do ciclo CBN Agro de 2022 e falou sobre Liderança e Gestão no Agronegócio. Ela, que integra a primeira lista 100 Mulheres Poderosas da Forbes Brasil, trouxe um pouco de vivência e atuação como gestora e as várias vertentes de um segmento com muitas cadeias e muitas atividades interligadas. Ela foi recebida pelo vice-presidente da Primato Cooperativa Agroindustrial, Cezar Luiz Dondoni.

Ela destacou a similaridade entre as regiões de Maringá e Toledo, com a presença fortes das cooperativas e organizações de um setor que é estratégico para o Paraná, segundo maior estado produtor, perdendo apenas para o Mato Grosso, porém, com uma área quatro vezes menor. “Isso demonstra a eficiência produtiva, uso de recursos tecnológicos, com muita atuação de gestão, com a presença de lideranças estratégicas nas empresas, nas cooperativas para tornar essa região tão forte”, analisou.

Maria Iraclézia de Araújo destacou que a Primato é um exemplo graças ao seu planejamento estratégico até 2033, altamente diferenciado pela diversificação de atividades da cooperativa.

“Por trabalhar com indústrias a céu aberto no setor primário, dependemos muito do comportamento climático”, disse ela, ressaltando que num setor onde algumas atividades têm um desempenho melhor por clima ou por questões mercadológicas, a Primato se destaca por estar preocupada com os produtores em vários sentidos e fazer com que algumas cadeias ofereçam o suporte necessário para superar os momentos adversos. “Essa é a função do cooperativismo, das pessoas comprometidas e focadas com o desenvolvimento do agronegócio”.

ASSOCIATIVISMO FORTE

Na opinião da presidente da Sociedade Rural de Maringá, o associativismo muito forte no Paraná é o grande diferencial para tornar o Paraná uma referência no agronegócio brasileiro e fazer a diferença para os gestores públicos em suas várias esferas. “Estamos falando de um estado onde as cooperativas, associações de produtores, sindicatos, sociedades rurais, Federação da Agricultura, há uma convergência com um foco no desenvolvimento”.

De acordo com Maria Iraclézia de Araújo, tudo que é colocado como adversidade os representantes dos vários setores conseguem sentar e conversar entre si e buscar soluções.

Hoje, em sua visão, os recursos tecnológicos são bem utilizados em qualquer área, existe a capacitação dos colaboradores, há forte investimento em pesquisa e tecnologia, porém, é óbvio que existe uma preocupação com a área ambiental. “Eu entendo que a gente cuida, mas há atividades que são mais poluidoras e a gente vai conseguindo, aos poucos, vendo alternativas e soluções para pegar a cadeia e trabalhar isso sem maiores prejuízos”, avalia, destacando a necessidade do produtor ser devidamente remunerado por preservar. “O mundo todo não preservou e hoje tem um passivo nas costas do Brasil, principalmente, que a gente precisa preservar, mas alguém precisa pensar neste pagamento”.

DESAFIO

Na opinião da presidente da Sociedade Rural de Maringá, é imprescindível haver um maior comprometimento por parte dos gestores públicos o entendimento enxergar que investimentos estratégicos em infraestrutura fazem o diferencial para tornar o Paraná ainda mais competitivo. “Estamos falando de um estado diferenciado, mas que ainda tem muitos avanços a serem feitos”,

Maria Iraclézia de Araújo reforçou que este apoio não deve atender apenas os grandes produtores, mas sim todos os setores. “Temos muitos gargalos, entretanto, é preciso conciliar tudo que temos de bom apresentadas por todas estas organizações com uma gestão pública alinhada àquilo que o setor precisa para poder crescer cada vez mais”.

Não adianta produzir se não consegue ter o retorno daquilo que se precisa e muitas coisas passam por decisões das políticas públicas. Segundo ela, essa conversação e esse alinhamento entre o setor produtivo e o setor público são os grandes desafios “e aí sim precisamos das lideranças conversando e convergindo e caminhar na mesma direção do ponto de vista de desenvolvimento e aplicação de todas as tecnologias e decisões para a pessoa que está lá na ponta tenha a remuneração e possa crescer cada vez mais”, disse.

Na visão de Maria Iraclézia de Araújo, o Agronegócio passou por grandes transformação nas últimas décadas e hoje é um setor totalmente tecnológico e profissionalizado. Não se consegue mais pensar nas atividades agropecuárias em nosso país, sem que a palavra produtividade esteja em primeiro lugar.

Ela também comentou sobre a eficiência na gestão e liderança, dentro e fora da porteira, são necessários para o setor continuar crescendo. E essa gestão não se faz mais hoje em dia sem profissionalismo. Buscar capacitação permanente, atualização e novos conhecimentos é fundamental para produtores nos dias atuais.

O CBN Agro está em sua 5ª edição levando informação com credibilidade sobre os principais temas do agronegócio no Brasil e no mundo. Estimulando o debate e a troca de informações, compartilhando inovação e conhecimento, com ênfase em sustentabilidade, desenvolvimento, gestão, economia e tecnologia para o agronegócio.

O evento em Toledo contou com o patrocínio do Bradesco e Jacto, com apoio da Primato e Sebrae. A realização é da CBN e Kenako.

Voltar