Primato investe em segurança no campo com capacitação de produtores

Uma das maiores preocupações de quem mora no campo é o aumento da criminalidade nos últimos anos. Diante da necessidade de seus cooperados, a Primato Cooperativa Agroindustrial, através da Universidade Corporativa, ofertou um treinamento através do Programa Segurança no Campo. Dividido em 5 módulos, sendo 4 em sala de aula e 1 prático, o programa abordou vários temas, “desde segurança patrimonial, segurança digital e quais as ferramentas para evitar alguns golpes”, explica Beatriz Ferreira Silva, analista de treinamento e desenvolvimento da Universidade Primato.

Beatriz reforça que a questão do armamento foi trabalhada com aula prática num clube de tiro “para trazer essa consciência a respeito deste assunto que é uma realidade e qual a melhor forma de usar essa ferramenta de proteção”. A gestora complementa citando que a questão de distanciamento das propriedades faz com que os produtores precisem estar mais preparados e mais conscientes sobre como fazer a segurança de suas propriedades e das próprias famílias.

PROJETO PILOTO

A ideia de fazer o Programa Segurança no Campo surgiu através de Rosana Claudia Botelho, investigadora da Polícia Civil da 20ª Subdivisão Policial em Toledo. Foi ela quem idealizou o Programa durante o ano de 2021 e colocado em prática durante os meses de abril, maio e junho de 2022. Com mais de 10 anos trabalhando na Polícia Civil do Paraná, Rosana Botelho destaca que, embora a  atenção da mídia e da sociedade tenha monopolizado a criminalidade somente nas áreas urbanas, “o fato é que não podemos em nenhum momento ‘fechar os olhos’ para a criminalidade no meio rural, especialmente em um momento que as ações criminosas tem ocorrido nas mais diversas formas e espaços e com os mais diversos perfis de criminosos, destacando aqui, por exemplo crimes via aplicativos de celulares, dentre outros”, comenta.

Pensando nisso e querendo contribuir com a comunidade rural que o programa foi pensado como um instrumento para propor ações e medidas preventivas que possam ser adotadas pelos produtores rurais junto a sua família, comunidade e cidade, “levando-o a refletir sobre qual o seu papel nessa engrenagem e quantas ações ele pode realizar para não se tornar uma vítima suscetível”, acrescenta a investigadora.

Ela ressalta que o Programa Segurança no Campo foi estruturado com palestras que abordam temas diversos (Crimes Patrimoniais, Crimes Virtuais, Conduta Inteligente e outros), visando construir uma consciência preventiva a partir de mudanças comportamentais e estruturais feitas pelo cidadão. “O Programa foi considerado inovador entre os cooperados repercutindo de forma muito positiva no meio cooperativista no Estado do Paraná”, comemora Rosana Botelho.

A questão do curso prático de tiro, salienta a investigadora, foi desvinculado de qualquer tipo de movimento político “e foi realizado a fim de levar o participante a refletir sobre o uso de arma de fogo, seja para a prática esportiva, seja para a defesa pessoal, da sua família ou propriedade e que tomada a decisão possa fazer isso com conhecimento e responsabilidade”.

IMPACTO

Na avaliação do presidente da Primato Cooperativa Agroindustrial, Anderson Léo Sabadin, há alguns anos o campo era visto como um lugar pacato. “Infelizmente com o crescimento da área urbana e a proximidade com a área rural isso não existe mais e os produtores são impactados com a ação de criminosos”. Ele destaca que, junto com o Sescoop, a Primato desenvolveu esse treinamento “para oferecer aos nossos cooperados subsídios a fim dele, produtor, poder ter essa segurança que protege, desde as nossas lavouras, nossos lares e a tecnologia nos maquinários. Além disso, o principal patrimônio que é a vida”.

Sabadin reforça que a Primato se preocupa com o cooperado em todas as suas demandas. “Essa é uma marca nestes 25 anos que estamos fazendo e não poderia ser diferente também nessa questão da segurança. Nosso objetivo foi trazer a consciência do produtor em cuidar da sua vida e, claro, do seu patrimônio”, diz o presidente da cooperativa, que completa: “Investir em estratégias de segurança não é mais algo supérfluo. Os proprietários precisam se prevenir ao máximo e nosso papel é dar o suporte necessário para isso acontecer”.

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