Paraná recebe aval para antecipar retirada da vacinação contra a aftosa

O Paraná obteve autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o aval do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para antecipar a suspensão da vacinação contra a febre aftosa do rebanho bovino a partir deste mês de maio, quando ocorre a última imunização do gado no estado. A aprovação do pedido ocorreu dia 24 de abril durante a realização da 2ª Reunião do Bloco V do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), no auditório do Sistema Ocepar, em Curitiba, com a participação de cerca de 110 pessoas.

MUDANÇAS
A mudança de status será oficializada em setembro, quando o Mapa irá publicar ato normativo de reconhecimento da condição do Paraná com as obrigações e regras de entradas e movimentação de animais, bem como, os próximos passos para obtenção do certificado de área livre pela Organização Internacional de Saúde Animal.
O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Geraldo Marcos de Moraes, diz que ajustes ainda serão feitos como a contratação de pessoas e adequação de alguns pontos. “Esta conquista é resultado de um trabalho competente em relação à defesa sanitária animal de seus técnicos e demais colaboradores”, avalia.

DEMANDA
A demanda para retirar a vacinação contra febre aftosa no Paraná é um apelo, principalmente, do setor de suínos. O Estado concentra o segundo maior rebanho suíno do País e é também o segundo maior exportador, atrás apenas de Santa Catarina. Os suinocultores alegam que o fato de o Estado ainda vacinar contra febre aftosa, mesmo sem ter nenhum foco da doença há mais de uma década, coloca uma grande desconfiança no sistema de inspeção do Brasil e evita que eles acessem mercados externos que pagam melhor. “Agora teremos à possibilidade de participar de 65% do mercado externo com aproximadamente três milhões de toneladas por ano”, avalia o diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek.

FRIGORÍFICO
Esses fatores influenciarão no projeto de frigorífico de suínos da Frimesa, em Assis Chateaubriand, que irá processar 15 mil cabeças de suínos daqui a dez anos. “O novo status proporciona certeza de conquista de mais mercados. Por isso, vamos imprimir uma velocidade maior na implantação do projeto”, disse, ao informar que houve uma desaceleração das obras devido vários motivos, e o status sanitário era o principal deles. Agora, a primeira etapa do frigorífico deve entrar em operação até o final de 2020.
O projeto da Frimesa, central formada pelas cooperativas Lar, Copacol, Copagril, Primato, C.Vale, prevê a contratação de sete mil empregados no frigorífico até a conclusão final. Os investimentos totalização R$ 2,5 bilhões – R$ 1 bilhão no frigorífico e mais R$ 1,5 bilhão na produção, incluídos aí as granjas, fábrica de ração e armazens nas cooperativas.

CAMPANHA
Durante o Encontro de Leite promovido na semana passada (25) pela Primato em Nova Santa Rosa, o médico veterinário e representante da Adapar José Carlos Pereira trouxe um recado aos presentes. “A respeito da campanha da vacinação, foi definido que esta será a última. Vale ressaltar que o cadastro ainda é obrigatório e continuará sendo exigido. A questão de vacinação, os representantes da cooperativa vão dar as instruções necessárias para que tudo fique em dia”, ressaltou Pereira que complementou, “tudo isso porque vocês produtores, fizeram seu dever de casa com excelência, vacinando e controlando seus plantéis”.
Durante o mês de maio a Primato está com a Campanha da Vacinação da Febre Aftosa em todas suas unidades agropecuárias e a novidade está por conta da dose da vacina.

Créditos Frimesa/Ocepar

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