A suinocultura como forma de ressocialização de pessoas

Existe somente no Brasil um número elevado de pessoas que precisam todos os anos de auxílio para recuperação e ressocialização. A grande maioria esteve envolvido com bebidas alcoólicas e drogas e precisam de ajuda para ter novamente a possibilidade de uma vida normal. Há instituições que fazem esse trabalho de forma gratuita, dependendo da contribuição de empresas e pessoas para se manterem.
Algumas delas fazem um trabalho que vai além, desenvolvem parcerias com empresas para uso do espaço e na ocupação daqueles que estão no processo de recuperação voluntária. Em Toledo, temos o exemplo da Fazenda Esperança, que acolhe pessoas com idade entre 18 e 59 anos que desejam livremente se recuperar de drogas, álcool e tantos outros vícios. É necessário entrar em um processo pedagógico de 12 meses de duração. Quem pretende enfrentar esse desafio dá o primeiro passo através de uma carta escrita a próprio punho, manifestando os motivos da sua vontade em buscar vida nova. O interessado em uma vaga deve enviar seu pedido de ajuda à comunidade mais próxima de sua residência.

TOLEDO
A Fazenda da Esperança faz inúmeros trabalhos dentro de sua propriedade, localizada na Linha São Francisco, KM 10, sentido Ouro Verde do Oeste, em Toledo (PR). Um dos destaques é a parceria com a Primato Cooperativa Agroindustrial na parte da suinocultura. Segundo Jessé da Silva Moreira, padrinho voluntário há três anos no local e ajudante administrativo da Instituição, a atividade ajuda muitos a encontrar uma ocupação no processo e também uma nova profissão. “Esta parceria com a Primato na suinocultura tem mais de oito anos e é muito importante e gratificante, pois sabemos que temos essa responsabilidade, principalmente vindo de um mundo diferente onde vivíamos antes. Hoje, temos um trabalho reconhecido, que exige dedicação, responsabilidade e tem uma importância para a questão financeira da Fazenda da Esperança também”, enalteceu Jesse.

SUINOCULTURA
Na questão do desenvolvimento do plantel de suínos na propriedade, Moreira destacou a importância da capacitação e a assistência social. “A Primato desenvolve muitos cursos e treinamentos para que possamos estar cada vez mais capacitados na atividade. Temos também a assistência técnica veterinária, que nos ajuda e auxilia em todo o processo de cuidados, nutrição e acompanhamento. Nós temos um sistema de rodízio, então, em cada lote são pessoas diferentes que fazem parte, assim, mais pessoas podem aprender e compartilhar o conhecimento com os próximos”, enfatizou.

COOPERATIVA
Questionado sobre a importância da parceria com a cooperativa, Jessé classificou como fundamental em vários aspectos. “Nós ficamos quase que sem palavras para explicar a importância desta parceria. A Primato tem uma relevância muito grande no Paraná e para nós aqui é muito mais do que responsabilidade, mas sim, uma grande oportunidade para termos geração de renda para a cooperativa, a nossa instituição e a economia local”, disse.
Moreira concluiu destacando que alguns que estão aqui acabam aprendendo com a atividade e continuam trabalhando na profissão. “É tão importante que já tivemos casos de quem estava aqui na recuperação trabalhando com a suinocultura e quando saiu, arrumou emprego numa granja e está na profissão até hoje, fazendo um grande trabalho. Eu mesmo, quando cheguei aqui de outra instituição, não sabia nada de suínos e estou cada vez mais inteirado com a atividade, com o cooperativismo e com essa relação excelente que a Primato tem com as pessoas. Somos gratos e felizes pela cooperativa acreditar em nosso potencial”.

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