A importância da genética na pecuária de corte

O Brasil figura atualmente como um dos principais atores na produção e comércio de carne bovina no mundo, reflexo de um estruturado processo de desenvolvimento que elevou não só a produtividade como também a qualidade do produto brasileiro e, consequentemente, sua competitividade e abrangência de mercado. Segundo a Embrapa, em termos de rebanho, seu efetivo mais que dobrou nas últimas quatro décadas, enquanto que a área de pastagens pouco avançou ou até diminuiu em algumas regiões, o que por si comprova grande salto em produtividade. 
O aumento em produtividade também se baseia em outros elementos importantes, como o aumento do ganho de peso dos animais, a diminuição na mortalidade, o aumento nas taxas de natalidade e também na expressiva diminuição na idade ao abate, com forte melhora nos índices de desfrute do rebanho, evoluindo de aproximadamente 15% para até 25%. 
Outros fatores importantes estão na gestão da propriedade e no investimento na genética, o que comprova que o planejamento e profissionalismo na atividade fazem toda a diferença.

RPK GENÉTICA
Um exemplo de profissionalismo, gestão e investimentos em genética vem do cooperado Reno Paulo Kunz, médico residente em Cascavel, mas que tem suas fazendas do Grupo RPK Genética, em Diamante do Sul e Nova Laranjeiras. Segundo o gerente de pecuária, Álvaro Palavicini, o grupo conta com um mix de raças e investe em genética e estrutura.
“Atualmente temos um plantel de 6000 animais, entre gado comercial e gado puro. Temos mix de raças dentro do Grupo RPK, que teve início pelo Nelore”, explicou Álvaro que complementou, “hoje as raças que atuamos são a Nelore e Nelore Pintado, Brahman, Angus, Brangus Braford e Hereford. Na parte da genética temos a parceria com a Cabanha Três Marias da Argentina, uma das melhores na parte de Angus, com doadores de lá que coletamos os embriões e trazemos para cá, além de dois touros que fazem a cobertura no plantel”. 
Segundo o gerente, todos anos buscam novas genéticas para implementação, “mas já estamos com um plantel solidificado dentro, não havendo tanta necessidade de buscar fora”, disse.

COOPERATIVA
Álvaro destacou que são cinco anos atuando com a Primato. “A parceria se iniciou via unidade da Primato de Cascavel, considerando que o proprietário e cooperado é médico e residente na cidade. Porém, depois a comercialização veio para unidade de Guaraniaçu por estar mais próxima de nossas propriedades e cada vez mais vem se solidificando”, enalteceu o gerente de pecuária que ainda destacou, “o portfólio que a Primato atua são de produtos de ponta e o frete do mercado, assim como o preço e prazo que faz com a cooperativa seja competitiva, sendo muito bom de negociar. O sal mineral da Primato é o que mais negociamos e classifico como um dos melhores que existem, assim como produtos e medicamentos veterinários que precisamos nas três fazendas do Grupo RPK”.
Sobre a ração, o gestor relatou que utiliza como complemento mas também destacou a sua qualidade.

RESULTADOS
O profissionalismo e parceria com a cooperativa aparecem através dos resultados em sua produtividade, “Ao todo são 10 funcionários que atuam nas fazendas, sendo na parte de pecuária como na parte agrícola, que tem o agrônomo Fernando Lira como gerente, fazendo uma gestão compartilhada. O elenco de pessoas, tanto com nossa equipe e a parceria com a Primato faz com que agora colhemos o fruto do profissionalismo. Um exemplo foi o Leilão Virtual de Guaraniaçu no início de junho, onde tivemos médias acima do esperado no centro sul e sudoeste do Paraná. Por isso, certifico a parceria e esperamos fazer muitos outros resultados positivos como este”, concluiu Álvaro.

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